terça-feira, 23 de novembro de 2010

Rio 2016: um estado pacificado

Com a proximidade dos eventos esportivos – Copa do Mundo em 2014, e Olimpíada em 2016 –, o cenário de segurança pública no estado do Rio de Janeiro está em transformação. O projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), que começou em dezembro de 2008, no Morro Dona Marta, em Botafogo, deu início a uma nova política de segurança, que já se consolidou. Segundo o governador do Rio, Sérgio Cabral, até 2016 o estado fará a inclusão de aproximadamente 10 mil policiais militares nas ruas e 50 UPPs serão instaladas nas comunidades hoje dominadas pelo tráfico de drogas.
De acordo com ele, o estado já possui condições de realizar a Olimpíada. “Fizemos um trabalho de planejamento, com metas e objetivos a serem atingidos. Se ela (Olimpíada) fosse amanhã, teríamos todas as condições de realizá-la com tranquilidade, a exemplo do que fizemos no Pan-americano de 2007”, destaca Cabral.
O governador diz ainda que as UPPs não nasceram apenas por conta da escolha do País em sediar a Copa do Mundo, e do Rio em abrigar a Olimpíada. “Queremos um estado pacificado não só para o atleta, para o turista, mas para o cidadão que vive aqui e ama esse estado. Estamos investindo também na formação de uma nova geração de policiais. A segurança da cidade para seus moradores e a ‘Família olímpica’ são dois principais pontos que norteiam o projeto de segurança da Olimpíada de 2016, que deixará um legado para a transformação da cidade, do estado e do País”, afirma.
Sérgio Cabral diz não ter a ilusão de acabar com o tráfico de drogas. “O que eu tenho é a certeza de que, com essa política voltada para a segurança, vamos conseguir acabar com o poder paralelo, com o controle territorial armado nas comunidades do Rio. Hoje, mais de um milhão de pessoas vive a paz de poder dormir sem o domínio do poder paralelo se levarmos em conta o entorno dessas comunidades”, avalia.
As UPPs, segundo Cabral, também estão criando uma cultura dentro da polícia. “Esse trabalho vai avançar com critério e cuidado, criando uma nova cultura na polícia, com policiais formados dentro de uma nova mentalidade. E, além de segurança, que é a primeira a chegar, em seguida, e imediatamente, chegam as ações sociais que são a garantia da verdadeira cidadania”, observa.
Capitã da PM Priscila
A 12ª UPP foi instalada em 10 de agosto, no Morro do Turano, no Rio Comprido, na Zona Norte da Cidade. As outras UPPs funcionam na favela Dona Marta, em Botafogo, no Pavão-Pavãozinho/Cantagalo, entre Ipanema e Copacabana, no Chapéu Mangueira/Babilônia , no Leme, Ladeira dos Tabajaras/Morro dos Cabritos, em Copacabana, todas na Zona Sul, além de Morro do Borel e da Formiga, na Tijuca, e no Morro do Andaraí, na Zona Norte. A Polícia Militar (PM) pacificou também as comunidades do Jardim Batam, em Realengo, e a Cidade de Deus, em Jacarepaguá, ambas na Zona Oeste, e ainda o Morro da Providência, no Centro.

QUALIFICAÇÃO. Durante duas semanas do mês de julho os Policiais Militares voltaram para a escola para ter aulas em horário integral. Nesse período, os agentes de segurança tiveram aulas teóricas, instruções práticas e puderam participar de oficinas cujos temas tratavam sobre o conceito da letalidade e o uso racional da arma de fogo. O curso foi desenvolvido por meio de um convênio firmado entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e a secretaria de segurança do estado. 
Para o superintendente de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, esta formação é o pontapé na realização dos encargos olímpicos. “O curso faz parte de uma série de ações, preparações e qualificações para os quadros das instituições de segurança pública. Nós nos comprometemos com o Comitê Olímpico de realizá-lo. Como em qualquer área de conhecimento humano, a gente só consegue aprimorar e profissionalizar o operador de segurança especializando-o com estudos e cursos que melhor o habilitem”, explica Beltrame.


Confiram o trecho da entrevista com o superintendente de segurança pública do Rio, José Mariano Beltrame..

Ele diz que nos últimos 10 meses os resultados com relação a segurança do estado foram animadores. “As coisas começam a mudar. A Polícia Militar evolui quando ela senta para pensar, analisar e investir na técnica. Continuaremos com essa qualificação por meio de novos cursos, e investindo na inteligência.” Beltrame acredita que os cursos de qualificação e reciclagem são os melhores meios para que tudo ocorra com tranquilidade em 2016. “Não há outro meio para que isso aconteça senão pelo aprimoramento técnico-profissional daqueles que são imprescindíveis para o sucesso de tão grandiosos eventos. Estamos treinando os policiais com armas não letais também, que serão muito utilizadas”, diz.
Ele não descarta o uso da arma de fogo, mas ressalta que quando se fizer necessário usar a força, isso precisa ocorrer em obediência à lei e a melhor técnica possível.
Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame
 “Por isso sargentos, cabos e soldados que concluíram mais uma etapa em suas carreiras com a conclusão desse curso podem ter certeza que os órgãos de segurança têm agido de modo integrado para fornecer os melhores meios de capacitação para o nosso pessoal. Em contrapartida, esperamos que os policiais deem o melhor em prol da sociedade que juraram servir e proteger”, enfatiza o superintendente de segurança.
Mas nem todos concordam com a instalação das Upps, confiram o vídeo de uma moradora da baixada fluminense.


Luan Seixas.

Obras revitalizadoras nos pontos turísticos do Rio



Alguns dos principais pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro já se preparam
para receber os eventos esportivos que ocorrerão em alguns anos. O Morro da Urca, na Zona Sul do cidade, onde fica o segundo bonde mais antigo do Rio – o Bondinho do Pão de Açúcar –, terá, em 2013, um novo anfiteatro, orçado em R$ 50 milhões.

Segundo a diretora da Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, Maria Ercilia Leite de Castro, responsável pela operação do equipamento, já começou o planejamento para o novo anfiteatro. “Ainda estudamos a melhor forma para financiar este projeto. Em 2011 deveremos iniciar as obras, que ficarão concluídas, se tudo ocorrer bem, até o fim de 2013”, afirma.
Arcos da Lapa
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que quanto mais a cidade for qualificada, melhor. “Fico feliz em ver que a iniciativa privada, responsável por esses equipamentos, está com grandes projetos. A Marina da Glória, por exemplo, está sendo revitalizada pela EBX, do empresário Eike Batista”, lembra.
Outro projeto que já está pronto, inaugurado em 22 de março, é o Espaço Baía de Guanabara (EBG), também no Morro da Urca. O local conta agora com restaurantes, lojas e quiosques, e tem capacidade para 360 pessoas. “Foi pensando no público que mora no Rio e não conhece o Morro da Urca que resolvemos criar este espaço, que reproduz o piso do calçadão de Copacabana e tem projeto de paisagismo executado pelo escritório Burle Marx e iluminação de Peter Gasper.”
O objetivo, segundo ela, é levar os cariocas para tomar café da manhã, almoçar, jantar ou aproveitar um fim de tarde agradável.

CORCOVADO. Eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno, o ponto turístico mais visitado do Brasil, o Cristo Redentor, ganhou câmeras que transmitem eventos e missas em tempo real via internet. A estátua passou por uma reforma de R$ 7 milhões patrocinada pela Vale. A entrada para o Cristo também deverá passar por reformas, que deverão custar R$ 15 milhões.
Segundo o diretor do Parque Nacional da Tijuca, Bernardo Issa, o projeto irá dar conforto aos visitantes na parte alta do Corcovado. “Esta obra será muito importante, pois ela ampliará a área de embarque e desembarque. É um trabalho de requalificação da área de visitantes”, afirma Issa.

ORLA. Saindo das alturas, descendo ao nível do mar, a orla do Rio de Janeiro também está em transformação. A empresa Orla Rio, concessionária desde 1999 dos quiosques da cidade, lançou em 2005 um projeto de novos quiosques, que começou em Copacabana. Segundo o vice-presidente da Orla Rio, João Marcello Barreto, empresas parceiras como: Nestlé, Coca Cola, Souza Cruz e Ambev acreditam no projeto. “Não usamos nenhum dinheiro público. Esse projeto é financiado totalmente com recursos privados”, explica.
Segundo ele, os novos quiosques têm tecnologia de ponta. “Informaremos por meio de um televisor a temperatura da água, onde estão as melhores ondas, onde o mar está impróprio. Contaremos também com um sistema de localização de crianças perdidas. Será um canal de utilidade pública”, afirma. “Até meados de janeiro de 2011 a novidade já estará em todos os novos quiosques”, adianta.
Barreto disse que para o projeto dos televisores, a Orla Rio criou, juntamente com esta emissora de televisão, uma nova empresa: a Orla TV. “Estamos revitalizando a orla para receber os eventos esportivos. Queremos transformar os quiosques numa unidade de serviço.”


Mariana Carvalho.

AquaRio pronto para deslanchar

Armazém que será destruido para a construção do AquaRio




As obras do Aquário Marinho do Rio de Janeiro (AquaRio) começam até o final de dezembro, com conclusão prevista para agosto de 2012. Todas as licenças dos órgãos municipais e ambientais já foram obtidas, segundo o diretor-presidente do empreendimento, Marcelo Szpilman.
 O maior aquário marinho da América Latina ficará na zona portuária da cidade no antigo armazém frigorífico da Cibrazem. O investimento total será de R$ 110 milhões no projeto, que terá 27 mil metros quadrados de área construída, 12 mil animais marinhos de 400 diferentes espécies, em mais de 5 milhões de litros de água. 
O AquaRio vai reunir atrações para crianças e adultos, usando tecnologia inéditas no Brasil. No espaço vai funcionar também o Centro para Recuperação da Fauna Marinha, para abrigar animais que forem capturados na natureza ou de instituições que não tenham condições de mantê-los.
AquaRio
 Szpilman destaca que a cidade precisava de um espaço como este que reúne lazer, cultura e cuidado ambiental. “O cuidado com o meio ambiente e com a sustentabilidade vai estar presente em todos os momentos desde o início das obras”, conta Szpilman. “Podemos definir o AquaRio como um depositário de biodiversidade que vai funcionar como uma locomotiva para a revitalização da zona Portuária”.
 O diretor da Kreimer Engenharia, Roberto Kreimer, explica que a empresa é general contractor do projeto, sendo responsável por garantir que a obra seja executada dentro do tempo e orçamento previstos. Kreimer ressaltou que a zona portuária será uma das regiões mais importantes da cidade.
Para ele, o prefeito Eduardo Paes e sua equipe realizaram um trabalho impecável para a concretização do projeto Porto Maravilha. “O AquaRio agora está em fase de detalhamento do projeto executivo, para depois começarem as obras”.
 Diversas opções de entretenimento estão previstas no projeto, como um complexo que reproduz os biomas da Amazônia e do Pantanal, um museu marinho, um centro de convenções, restaurante e lojas. 
O AquaRio terá ainda exposições permanentes e temporárias sobre temas relacionados ao ambiente marinho e aquático, que irão agregar mais conhecimento ao visitante e garantir a preservação de acervos e coleções científicas.
 No espaço do aquário será criado também um departamento de educação, que promoverá programas, eventos, festivais e cursos relacionados à educação ambiental, e um departamento de pesquisa, que, a partir do manejo e manutenção de animais em cativeiro, realizará estudos científicos nas áreas de biologia marinha e oceanografia, em parceria com universidades e centros de pesquisa. 


Luan Seixas.

sábado, 20 de novembro de 2010

Transportes


As grandes dificuldades de transporte na região precisam ser sanadas para o sucesso do projeto.

     A zona portuária sofreu ao longo dos anos com o abandono, falta de planejamento urbano e esvaziamento populacional, um quadro que precisa ser revertido com urgência. Com a intensificação do comércio mundial, a atividade portuária tende a aumentar consideravelmente nas próximas décadas, o que torna maior a necessidade de planejamento nos transportes e no tráfego da região. A  movimentação de carga nos últimos anos está na casa dos 8 milhões de toneladas. O movimento de passageiros aumentou de 93 mil em 2006, para mais de 400 mil em 2010.
     Segundo o diretor de Marketing da Federação das Empresas de Transportes de
Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), João Augusto Monteiro, a solução para o transporte na região é a construção dos corredores de ônibus. “Os conhecidos BRTs (Bus Rapit Transit, na sigla em inglês), que estão sendo muito bem vistos em várias cidades do mundo, são a solução mais barata e rápida que temos. Vários exemplos, em Curitiba, Bogotá e na África do Sul, mostram que é uma saída. Com a criação desses corredores, a qualidade de vida da população vai aumentar consideravelmente,” disse. Monteiro aponta como vantagens a redução no tempo de deslocamentos e de acidentes. “Os BRTs vão ainda estimular as pessoas que têm automóveis a usarem o transporte coletivo”, acrescentou. No Estado do Rio de Janeiro, mais de 9 milhões de pessoas utilizam, por dia, os meios de transporte coletivo – ônibus, metrô, trens, vans e barcas –, e mais de 74% da população carioca
utiliza ônibus. O impacto destes números pode ser avaliado com os congestionamentos de trânsito, que também dificultam a vida na zona portuária. "O trânsito local é mais um desafio que iremos enfrentar. Inicialmente, vamos demolir a alça de subida do viaduto da Perimetral,
em frente aos armazéns do cais, e construir, no subsolo da Praça Mauá, uma garagem subterrânea com capacidade para mil carros”, afirma o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para quem estas obras melhorarão o trânsito na região que, lembra, ficou desvalorizada
com o tempo.
A empresa Rio Ônibus, responsável pela administração das empresas e linhas de ônibus.



em circulação no Rio de Janeiro, confirmou que pretende reformar o terminal Américo Fontenelle. “Pretendemos ampliá-lo bastante, de forma a que todas as linhas que chegam da Baixada Fluminense parem nele, reduzindo o congestionamento no entorno da área portuária.
Os ônibus não irão mais até o Centro da cidade, como hoje: todas as linhas intermunicipais
passarão a ir para o terminal Américo Fontenelle”, explicou o vice-presidente da Rio Ônibus,
Octacílio Monteiro. De acordo com o executivo, a Rio Ônibus criará linhas circulares dentro do Centro. “Com a ampliação do terminal Américo Fontenelle, colocaremos linhas fazendo a ligação do terminal Norte com o Sul. O terminal Sul será o da Misericórdia (Praça XV). A idéia é interligar esses terminais”, assinalou. O vice-presidente disse que enviou proposta à Prefeitura, de criação de corredores exclusivos para ônibus nas avenidas Francisco Bicalho e Presidente Vargas. Contou ainda que deseja colocar GPS (Global Positioning System) nesses futuros corredores. “Estudos estão sendo detalhados afim de serem aprovados pelo prefeito. À medida em que os corredores forem criados, eles serão dotados de GPS. O passageiro vai poder saber em quantos minutos o ônibus que ele deseja pegar vai demorar para chegar, e saber quais vias estão mais engarrafadas. Queremos dar prioridade ao transporte público,”concluiu.




Fabiana Alves.

Resgate da Zona Portuária

Local será chave para a Olimpíada 2016

Veículo Leve sobre Trilhos é um dos projetos da Prefeitura
A zona portuária terá papel fundamental nos Jogos Olímpicos de 2016. A promessa foi feita pela Prefeitura do Rio ao Comitê Olímpico Internacional (COI), durante a candidatura da cidade a sede da Olimpíada. Para o prefeito Eduardo Paes, os preparativos para o mega evento devem ajudar regiões em decadência a retomar a força. Ele quer levar os dois equipamentos que abrigarão os jornalistas nacionais e internacionais na Olimpíada – Centro de Mídia e Vila de Mídia, que atualmente estão projetados para serem construídos na Barra da Tijuca – para os bairros do entorno do porto.
Paes apresentou à delegação do COI uma maquete do Centro e da Vila, juntamente com uma proposta de transferência desses equipamentos da Barra da Tijuca para o Porto, próximo à Avenida Francisco Bicalho. A apresentação desta mudança foi feita durante a primeira reunião do Consórcio Olímpico governamental formado pelos três níveis de governo – União, Estado e Município – e pelo comitê organizador Rio 2016.
De acordo com Eduardo Paes, a decisão do COI não será rápida, pois a comissão terá de avaliar se de fato o projeto é bom para a cidade. “O que dei de garantia para eles, ao propor a transferência de algumas coisas para a área do porto, é de que em nenhum momento deixaremos de cumprir com o que assumimos no contrato firmado. Apenas argumentamos que essa adaptação seria melhor para a cidade, e que teria um impacto muito positivo para os jogos”, conta Paes.
O objetivo de transferir esses equipamentos, na avaliação do prefeito, é aproveitar a oportunidade da realização da Olimpíada e ajudar a dar mais impulso ao projeto Porto Maravilha. “Agora, precisamos de uma avaliação deles, por isso vamos aguardar. O que nos deixa otimistas é exatamente a preocupação constante do COI de que a Olimpíada precisa deixar legados para as cidades sedes e isso já um bom sinal”, completa Paes.
Na avaliação do presidente da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi), Rogério Chor, a zona portuária é o melhor local para construir a infra-estrutura para a imprensa e a Vila Olímpica. “O porto é a última zona urbana da cidade que ainda pode ser explorada e é bem localizado. Ele é perto da estação de trem, da rodoviária, tem uma vista bacana, e tem uma área grande para fazer uma implantação urbanística bonita. Portanto, não resta dúvidas que a zona portuária é a solução”, afirma o presidente da Ademi.
Chor diz que a Olimpíada é um marco para o Rio de Janeiro e que precisa ser explorada da melhor maneira possível, de modo que áreas ainda em desenvolvimento ou em decadência da cidade sejam também beneficiadas. “Só o fato de ligarmos a zona portuária ao evento já promove um clima de ânimo entre investidores. O poder público, contudo, precisa administrar de maneira sadia a questão da construção de moradias, para que não se tenha algo desordenado e saturado”, pondera.
O presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil no Rio de Janeiro (IAB-RJ), Sérgio Magalhães, também professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que está lutando para que os investimentos programados para a Olimpíada de 2016 sejam mais vantajosos para a cidade como um todo.
Elevado da Perimetral será demolido
Magalhães conta que depois que o projeto Porto Maravilha foi lançado por Paes, ele passou a levantar a bandeira de que zona portuária é o melhor local para levar os investimentos públicos direcionados à Olimpíada. “O IAB fez uma parceria com a Prefeitura, na qual juntamos forças para que esta proposta seja real. Estamos dando total apoio a Paes em levar uma parte das atividades olímpicas para o porto”, conta.
Segundo ele, a zona portuária tem grande importância histórica, pois foi a partir desta região que o Rio de Janeiro se constituiu como cidade. “O porto que fez com o Rio se tornasse capital do império. Foi o porto que também permitiu, quando houve a grande remodelação de Pereira Passos, no século 20, que o Rio se transformasse na Cidade Maravilhosa. Naquela época, o porto foi capaz de conseguir recursos ingleses, e com isso, tivemos chance de construir a Avenida Central, hoje conhecida como Rio Branco”, explica.


Vanessa Rosseto.